Dados sobre roubos em geral, sobre roubos no comércio, sobre diferentes tipos de furtos, número de flagrantes e atos infracionais, de pessoas presas e números de menores e armas apreendidas.
Estas informações, além de descrições do modo de agir da "gangue da marcha ré", e dicas de segurança foram parte do conteúdo da palestra ministrada pelo capitão Valdemir Guimarães Dias, comandante da 1ª Companhia do 38º Batalhão da Polícia Militar (PM), na Associação Comercial de São Carlos (ACISC), na manhã desta sexta-feira, 8.
A palestra, que contou com a presença de comerciantes e comerciários, teve como objetivo prepará-los para o aumento de movimentação, típica do final do ano.
Dentre as dicas de segurança sugeridas pelo capitão estão o cuidado para não deixar objetos expostos e vulneráveis, ficar atentos com relação a pessoas com atitudes suspeitas, a instalação de sistemas de alarmes e câmeras de monitoramento.
Sobre as câmeras, foi chamada a atenção para qualidade dos equipamentos, já que, dependendo da resolução, a imagem captada não permite que a polícia identifique detalhes que poderiam contribuir para investigação e solução de uma eventual ocorrência.
A "gangue da marcha ré" também foi tema da palestra. Segundo dados da PM, entre os meses de maio e outubro, ocorreram 19 dessas ocorrências: "O modus operandi da gangue é o seguinte", explicou o capitão: "Ela realiza ações em diferentes pontos da cidade, agem predominantemente de madrugada, utilizam veículos furtados, e é formada por 8 ou 10 indivíduos".
Segundo o comandante, membros dessa quadrilha foram presos em uma residência em Ibaté com armas e um veículo furtado.
Outros dados para os quais o capitão Valdemir chamou atenção foram o perfil das pessoas assaltadas e o tipo de arma usada. Segundo ele, dos 68 roubos ocorridos em outubro, 70% foi a transeuntes (principalmente mulheres e estudantes), e aponta o uso de armas brancas, em especial as facas, como uma tendência das ações criminosas.
Em sua fala, o capitão salientou a integração dos vários poderes constituídos na cidade como um meio fundamental de diminuir os índices de criminalidade: "Houve uma queda no número de roubos: de 93 em maio para 68 em outubro. Mas não fico contente com esses dados, pois eles vão oscilar". E a explicação para a oscilação passa pela saída de presos da cadeia no final do ano e pelo crescente problema social, afirma o capitão: "Essa queda é uma tendência momentânea, a qualquer momento isso vai subir. E acredito que no final do ano, em dezembro, isso vá acontecer", prevê.
2014
Quanto ao ano que vem, o capitão afirma que "será um ano muito difícil, e a Polícia Militar já está se preparando". Dentre outros motivos, pela previsão de que ocorram muitas manifestações: "E quem se aproveita da fragilidade da sociedade é a criminalidade", diz o comandante da 1ª Companhia do 38º Batalhão da Polícia Militar (PM).