O Sindicato dos Servidores Públicos e Autárquicos Municipais de São Carlos (Sindspam), utilizou da Tribuna Livre na sessão da Câmara Municipal, nesta terça-feira (28), dia do Servidor Público. O sindicato aproveitou o momento para registrar a insatisfação da categoria com a forma que vem sendo tratada pela Administração.
O diretor de eventos, Wanderlei Alves, leu na tribuna um manifesto, apontando várias falhas que estão ocorrendo no funcionalismo. Primeiro ele explicou que a atividade do Servidor Público é muito importante para a qualidade dos serviços prestados à população e que a categoria se esforça para atender bem a população, dando o melhor de si e trabalhando com dedicação e respeito. Atualmente são cerca de 5 mil homens e mulheres atendendo a cidade.
Depois citou que ao invés de comemorar, a categoria tinha muito a lamentar. Alves expôs os problemas que estão sendo enfrentados em diversos setores. “Somos desrespeitados, humilhados e perseguidos por alguns. Trabalhamos nos dias de hoje em situações precárias, em diversas repartições faltam uniformes, calçados e ate em alguns casos EPI"s obrigatórios. Os funcionários que não possuem uniformes trabalham com suas próprias roupas. A população nada sabe a respeito”, alertou.
Ele citou exemplos como os setores da Saúde onde viaturas do SAMU sem manutenção colocam em risco os servidores e a população e a falta de medicamentos e até material de trabalho nas unidades de saúde. O mesmo ocorre na Garagem onde os servidores não têm uniformes e a frota de veículos está em estado lastimável.
Na Educação ele disse que faltam funcionários, como merendeiras e ajudantes de limpeza e que os professores estão desmotivados pela falta de pagamento da progressão funcional.
No SAAE foi citado que os servidores daquela repartição enfrentam problemas de gestão o que acaba refletindo no atendimento a população. “Alem disso ainda existe o fantasma da privatização”. Alves também citou algumas dificuldades dos servidores de repartições como a FESC, Fundação Pró Memória e Prohab.
O dirigente também criticou o excessivo número de funcionários terceirizados e os cargos de confiança. “Em todas as campanhas os candidatos prometem reduzir cargos de comissionados, mas quando assumem fazem o contrário”. Ele também afirmou que atualmente não existe uma política de valorização ao servidor.
Alves encerrou deixando uma mensagem a todos os servidores: “Vamos lutar para melhorar a nossa situação, vamos reivindicar nossos direitos, temos o nosso sindicato para nos defender, portanto vamos participar mais, pois, sabemos que todas as administrações municipais passam, mas nós ficamos para atender a população. Servidor unido, sindicato forte”, finalizou.