A metodologia desenvolvida pela Embrapa Instrumentação (São Carlos – SP) para transferência do aparelho Wiltmeter ao setor privado foi selecionada para apresentação no XXII Seminário Nacional de Parques Tecnológicos e Incubadoras de Empresas e XX Workshop Anprotec, que está sendo realizado em Foz do Iguaçu (PR), até o dia 21 de setembro.
O Seminário apresenta como tema principal “Parques Tecnológicos e Incubadoras de Empresas: Revelando e Integrando Novas Rotas de Desenvolvimento”. Realizado no Parque Tecnológico Itaipu, pela Associação Nacional de Entidades Promotoras de Empreendimentos Inovadores, o evento reúne cerca de 800 participantes, entre autoridades, pesquisadores, empreendedores, servidores públicos e gestores de incubadoras e parques tecnológicos, entre outros públicos.
Os participantes do Seminário Nacional terão a oportunidade de assistir à apresentação de 114 trabalhos. Foram selecionados, para o evento, 62 artigos completos, 47 pôsteres e duas boas práticas de empresas. De acordo com a organização, o objetivo é que o evento revele de qual forma os parques tecnológicos e as incubadoras de empresas podem contribuir para a geração de novas rotas de desenvolvimento nas regiões onde estão inseridos.
Rota mercadológica
O desenvolvimento da metodologia que a Embrapa Instrumentação divulga em Foz do Iguaçu consistiu na elaboração de plano de marketing apresentando os pontos fortes da tecnologia, vantagens e desvantagens, comparações com produtos similares e já existentes no mercado; diversas reuniões para discutir e sanar dúvidas e a rodada de negócios com participação de empresas interessadas em fabricar e comercializar a tecnologia. A partir daí foi feita a seleção e, por último, a transferência do Wiltmeter para uma empresa no Brasil – uma segunda empresa foi selecionada no exterior e ainda poderá licenciar a tecnologia.
“A seleção das duas empresas demonstrou um resultado prático do trabalho realizado, pois, de fato, foi uma metodologia de oferta diferenciada e, porque não dizer, inovadora para nosso Centro – abordou a questão técnica e o quesito de mercado -, algo que não era marcante nas relações com a iniciativa privada” comentou o analista do Setor de Gestão da Implementação da Programação de Transferência de Tecnologia, Carlos Pusinhol.
Pusinhol acredita que as formas de vislumbrar a inovação e geri-la são os grandes desafios para a maioria das empresas atualmente e que, uma das ferramentas para que se esteja engajado, de forma minimamente adequada ao processo, é a pratica da inovação aberta. “Trata-se de somar esforços entre instituições de ciência e tecnologia e empresas, visando estabelecer parcerias para o desenvolvimento em conjunto de produtos e serviços”, afirma.
Dos laboratórios para a sociedade
Os números indicam o esforço que a Embrapa Instrumentação tem feito para fortalecer a transferência de tecnologia, especialmente, com a iniciativa privada. Nos últimos 5 anos, a Unidade assinou 32 contratos nacionais e internacionais; teve 14 cartas-patentes concedidas pelo Instituto Nacional da Propriedade Industrial – 10 no Brasil e 4 no exterior; depositou 23 pedidos de patente no INPI e fez 11 solicitações de extensões de proteção para países no exterior.
“Outras iniciativas no sentido de levar nossos resultados de Pesquisa & Desenvolvimento dos laboratórios para o mercado são a estreita relação que mantemos com os dois parques tecnológicos de São Carlos (ParqTec e Damha), com o novo projeto voltado para a agropecuária em Barretos (Agropark), bem como a participação no Programa de Apoio ao Desenvolvimento de Novas Empresas de Base Tecnológica Agropecuária e Transferência de Tecnologia (PROETA)”, relata o chefe adjunto de Transferência de Tecnologia, Edilson Fragalle.
“A Embrapa tem procurado fortalecer o processo de transferência de tecnologia com a atuação de uma Diretoria específica; unidades especializadas na sede da Empresa, em Brasília; a criação de chefias de TT em suas 47 Unidades Descentralizadas – incluindo a nossa - e a contratação de pessoal dedicado à essa atividade. Dessa forma, acreditamos que teremos mais êxito no cumprimento de nossa missão em viabilizar soluções de pesquisa, desenvolvimento e inovação para a sustentabilidade da agricultura, em benefício da sociedade brasileira”, acrescenta o chefe geral da Embrapa Instrumentação, Luiz Henrique Capparelli Mattoso.