A política econômica em 2020, em particular no segundo semestre do ano, conseguiu amenizar o impacto da crise sanitária. Há várias maneiras de demonstrar tal afirmação. Nos Informativos Econômicos ACISC dos últimos meses foi demonstrado o comportamento de indicadores dos setores econômicos como da indústria, comércio, serviços e agropecuária.
Os indicadores de produção setorial mostraram claramente a recuperação da atividade econômica, o aumento do emprego formal, a melhoria do saldo da balança comercial tanto para o Estado de São Paulo quanto para a cidade de São Carlos. O setor de serviços foi o último a mostrar reação e em termos de emprego, a atividade informal, seja dos trabalhadores quanto dos empregadores sem CNPJ, é que não demonstra reação, devido às restrições recorrentes de circulação e aglomeração.
Se houve recuperação da atividade em termos de produção e emprego é esperado que a evolução dos pedidos de seguro-desemprego caia. Há um aspecto importante quanto aos pedidos de seguro-desemprego que se refere às condições que determinam sua concessão.
TABELA 1 – Pedidos de Seguro-Desemprego por Estados Brasileiros
O auxílio é dado para aquele indivíduo que perde o emprego. Logo, para um novo auxílio um mesmo indivíduo deve conseguir se reempregar e manter-se assim por um período com salário remunerado em carteira. Dessa forma, se a economia não reage é de se esperar que o número de pedidos de seguro-desemprego venha a cair!
Contudo, os dados do segundo semestre de 2020 estão temporalmente validados, pois ainda são resultados da crise recente.
Na Tabela 1 os dados estão apresentados a quantidade de auxílios concedidos por Estados brasileiros de julho a dezembro de 2020. Apresenta-se, em seguida, a média de pedidos do semestre para todos os Estados brasileiros e finalmente a divisão do número de pedidos deste auxílio para dezembro em relação à média do semestre. Quanto menor o resultado da divisão tanto melhor!
O indicador, portanto, deste informativo é a divisão do número de pedidos por Estado pela média de pedidos concedidos por Estados durante o semestre.
O mês de dezembro demonstra que todos os Estados brasileiros registraram números menores de segurados em dezembro como proporção da média do semestre. Tal fato aponta claramente para uma recuperação em dezembro, com as festas de fim de ano. Em termos comparativos, o Estado de São Paulo conseguiu um desempenho superior em relação à maioria dos Estados.
O aprendizado da política econômica nas dimensões do Estados, Municípios e País foi importante, mas a capacidade de financiar tais políticas com o emergencial entre outras medidas dependerá da arrecadação. A disciplina Fiscal do Governo Federal e mais especificamente dos Três poderes terá de ganhar mais eficiência e eficácia.
Os setores empregadores, como o setor privado da economia brasileira, foram responsáveis pela condição da melhoria da produção e emprego a partir da política emergencial, realizando adaptações em tempo recorde!