O cantor Jair Rodrigues fez na tarde desta quarta-feira (23) uma visita à Biblioteca Jurídica da Câmara Municipal, no local onde funcionou nos anos 50 o Restaurante Bambu, onde ele iniciou a vida artística trabalhando como “crooner”. Jair, que foi recebido pelo presidente da Câmara, Lineu Navarro (PT), gravou depoimento e imagens para um documentário sobre sua carreira.
Lineu iniciou entendimentos para a realização de um evento oficial, no qual a Câmara prestará homenagens ao cantor pelos 70 anos de vida e 50 anos de carreira, expressando o orgulho dos são-carlenses com o sucesso deste grande nome da música popular brasileira.
“Cidadão Honorário de São Carlos”, conforme título outorgado por iniciativa do ex-vereador Rubens Maciel, Jair Rodrigues nasceu em Igarapava (6/2/1939). Foi criado em Nova Europa onde viveu até 1954 quando se mudou com a família para São Carlos, onde iniciou como crooner e se destacou como calouro nos programas de auditório da Rádio São Carlos até o final da década de 1950.
Exerceu várias profissões, entre elas a de alfaiate e no início dos anos 60 seguiu para a capital paulista onde brilhou em programas de televisão e em 1964, lançou seu primeiro compacto, chamado “Vou de Samba com Você”, seguido de “O Samba Como Ele É”, que continha “O Morro Não Tem Vez”, música de Tom Jobim e Vinicius de Moraes que se tornou o primeiro grande sucesso do cantor.
Ao lado de Elis Regina, fez muito sucesso com sua parceria no programa O Fino da Bossa, programa da TV Record, em 1965 e no ano seguinte alcançou o sucesso ao participar do Festival da Canção com a música “Disparada”.
Jair também se apresentou em festivais internacionais como o MIDEM (França), o Montreux (Suiça) e o San Remo (Itália); com Elis Regina e o Zimbo Trio ele se apresentou no Cassino Estoril, em Portugal, no Teatro Famoso, na Argentina, e no Cine Ávis, em Angola.Foi o primeiro grande cantor a gravar e fazer sucesso com samba-enredo de escolas do Rio, principalmente os da Acadêmicos do Salgueiro, como Bahia de Todos os Deuses, Festa para um Rei Negro e Mangueira, Minha Querida Madrinha.
Incansável, nestes 50 anos de história musical, Jair imortalizou interpretação de canções como Triste Madrugada, Casa de Bamba e Vai, Meu Samba e lançou dezenas de discos, sempre com muito sucesso.
Casado com Claudine e pai de Jair e Luciana, com muita vitalidade, segue mantendo intensa agenda de shows, lançando discos e realizando turnês.