Em duas semanas, 104.557 meninas foram vacinadas no Estado de São Paulo contra o papilomavírus humano (HPV). É o que aponta o balanço parcial da Secretaria de Estado da Saúde. A campanha, que teve início no último dia 9 de março, tem como meta imunizar até o dia 31 deste mês 762,1 mil crianças com idade entre 9 e 13 anos (incluindo público indígena), que respondem por 80% das meninas nesta faixa etária, e 6,6 mil garotas e mulheres portadoras do vírus HIV com idade entre 9 e 26 anos.
Postos de saúde em todo o Estado estão abastecidos com a vacina contra HPV para aplicação da primeira dose, com horário de funcionamento das 8h às 17h. A imunização também é feita nos Serviços de Atenção Especializada em HIV/Aids (SAE) que possuem sala de vacinação e nos Centros de Referência para Imunobiológicos Especiais (CRIEs), mediante apresentação de algum documento, a exemplo do exame confirmatório ou encaminhamento médico.
Para as meninas entre 9 e 11 anos e para o público feminino indígena com idades entre 9 e 13 anos, o esquema vacinal compreende de duas doses aplicadas num intervalo de seis meses (segunda) e de 60 meses (terceira) com relação à primeira tomada. Já as garotas e mulheres portadoras do vírus HIV, com idade entre 9 e 26 anos, devem tomar duas doses num intervalo de 2 meses e de 6 meses com relação à primeira aplicação.
A vacina contra a HPV disponibilizada na campanha é fruto de uma parceria para o desenvolvimento produtivo (PDP) entre o Instituto Butantan e o laboratório farmacêutico MSD. A instituição iniciou em 2014 a primeira etapa de um processo de transferência de tecnologia que irá permitir, nos próximos anos, a autossuficiência brasileira na produção da vacina, com grande economia para os cofres públicos.
Sobre o HPV
O papilomavírus humano (HPV) é um vírus contagioso que pode ser transmitido com uma única exposição, por meio de contato direto com a pele ou mucosa infectada. Sua principal forma de transmissão pode ocorrer via relação sexual, mas também há contagio entre mãe e bebê durante a gravidez ou o parto, é a chamada transmissão vertical.
Inicialmente assintomática, a infecção por HPV pode evoluir para lesões de pele e mucosas, em alguns casos também ocasiona o surgimento de verrugas genitais. Quando não tratada corretamente, essas lesões podem evoluir para um quadro de câncer genital, como o câncer de colo de útero, cuja doença tem como principais sintomas dores, corrimento ou sangramento vaginal.
Do Portal do Governo do Estado