As joint-ventures (associação de empresas) da empresa alemã Volkswagen na China, onde em 2014 foi líder de mercado, asseguraram nesta sexta-feira (25) que os seus produtos não estão envolvidos no escândalo de manipulação dos teores de emissão de gases poluentes.
A China, que é o maior mercado automóvel do mundo, tem sido crucial para a Volkswagen, cujas vendas no país, no ano passado, alcançaram 3,67 milhões de unidades, superando a rival norte-americana General Motors.
A Volkswagen foi um dos primeiros fabricantes de automóveis estrangeiros a entrar no mercado chinês e opera no país por meio de sociedades conjuntas com a construtora Saic (Shangai Automotive Industrial Corporation) e o grupo China FAW.
A Agência de Proteção do Meio Ambiente dos Estados Unidos acusou, na sexta-feira passada (18), a empresa alemã de fraudar dados sobre o desempenho dos motores na emissão de gases poluentes, por meio de um software incorporado ao veículo.
No domingo (20), a Volkswagen admitiu ter manipulado os dados. Na quarta-feira (23), o presidente executivo da empresa, Martin Winterkorn, pediu demissão. A multa a ser aplicada pode chegar a US$ 18 bilhões.
Na França, a Volkswagen vendeu quase 1,07 milhão de carros a diesel equipados com o dispositivo que permite manipular os resultados das emissões poluentes, informou a Rádio França Internacional.
Os carros afetados, comercializados na França entre 2009 e junho deste ano foram 1.068.796, acrescentou a emissora, com base em cálculos do grupo Inovev, de análise do setor.