A secretaria Municipal de Saúde (SMS), através da Vigilância Epidemiológica (VIGEP), em parceira com a Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE), realizou nesta quinta-feira (20), no auditório do Paço Municipal, um curso de aprimoramento do Teste do Pezinho, que a partir de novembro passou a contar com a inclusão da detecção precoce de duas patologias diferentes.

A capacitação foi realizada pela enfermeira do Centro de Capacitação da APAE de São Paulo, Milena Junqueira. Cerca de 130 profissionais da Rede de Saúde, Casa de Saúde, Maternidade e Santa Casa de Misericórdia, trocaram conhecimentos sobre os novos procedimentos do teste, e aproveitaram para tirar dúvidas.

No final de mês de novembro do ano passado, o teste do pezinho permitiu que também fossem detectadas precocemente a Hiperplasia Adrenal Congênita, que é falha na produção de hormônios das glândulas suprarrenais e a Deficiência Biotinidase, doença que não permite que a criança absorva biotina e vitaminas importantes para o sistema neurológico. Anteriormente, o teste permitia somente a identificação do Hipotiroidismo Congênito, Fenilcetonúria, Anemia Falciforme, Fibrose cística e outras Hemoglobinopatias.

Durante o encontro, a enfermeira da APAE, Milena Junqueira, reforçou que o teste do pezinho está na fase 4 do programa nacional de triagem neonatal. Se uma das doenças acrescentadas não for detectada, pode causar a deficiência intelectual da criança. Milena também reforçou a atenção no encaminhamento dos exames. “O procedimento de coleta para exame continua o mesmo, o que mudou foi a implantação de uma nova ficha de encaminhamento. Tudo que é novo gera dúvidas, por isso a importância de gente estar sempre reciclando os profissionais com os diagnósticos”, disse Milena.

Segundo a chefe da VIGEP, Márcia Pallone, o encontro além de sanar dúvidas, aumentou ainda mais a atenção dos profissionais com o teste. “Durante o processo de implantação do teste do pezinho, ampliado em novembro, nós fizemos uma capacitação especial para os enfermeiros. Nesta nova etapa estamos capacitando toda a Rede Hospitalar e reforçando a importância da rapidez do fluxo do teste, que se realizado em tempo oportuno, possibilita a intervenção médica minimizando seqüelas na criança” disse Márcia.

O teste do pezinho é obrigatório perante o Estatuto da Criança e do Adolescente. Todas as crianças, após 48 horas do nascimento até o quinto dia de vida, devem realizar o exame, que pode ser solicitado em uma unidade de saúde mais próxima.