A Santa Casa de São Carlos terminou na tarde de hoje, 12, a primeira etapa do curso que irá implantar o Protocolo de Manchester no Hospital, na perspectiva de atender a grande demanda da população no atendimento do Serviço Médico de Urgência (SMU).
O sistema propõe a classificação de pacientes, através do uso de cores, em pulseiras de identificação, que permitem definir rapidamente, qual a gravidade do quadro clínico do paciente, resultando em atendimentos mais rápidos, evitando, assim, o excesso na fila de espera do SMU.
O processo de implantação do Protocolo de Manchester consiste em três etapas. A primeira configura-se com o treinamento da equipe, quando se ensina a usar a ferramenta de classificação. A segunda, os auditores fazem um acompanhamento presencial da equipe da Santa Casa durante o atendimento do SMU aplicando assim, a Classificação de Risco. Posteriormente, os auditores avaliam a estrutura física do hospital e sugerem adaptações e reestruturam o espaço para um acolhimento adequado do paciente.
De acordo com a enfermeira e auditora do Grupo Brasileiro de Classificação de Risco, Gabriela Fontoura, que veio de Belo Horizonte (MG) para ministrar o curso para 20 pessoas entre médicos e enfermeiros da Santa Casa, o Protocolo de Manchester é de grande valia para as instituições de saúde, uma vez que ele é validado cientificamente com inúmeros estudos comprovando a resolutividade do procedimento classificatório dos pacientes.
“Além de ser uma ferramenta assistencial, o Protocolo de Manchester proporciona uma maior segurança para o paciente, já que todos serão atendidos não por ordem de chegada, mas pela gravidade que ele apresenta do seu quadro clínico, após passar por um profissional de saúde treinado e gabaritado pelo protocolo”, ressaltou a auditora.
Para a enfermeira coordenadora do SMU da Santa Casa, Juliana Raimundo Tiossi, o Protocolo é também uma ferramenta de gestão, já que os auditores trarão para a Santa Casa, normas que vão organizar os fluxos no acolhimento dos pacientes. “Para a população esse assunto pode parecer muito técnico. No entanto, vale ressaltar que com o Protocolo de Manchester diminuem-se expressivamente as mortes evitáveis no serviço de urgência”.
Em síntese, o Protocolo de Manchester consegue priorizar aquele paciente que realmente tem necessidade de avaliação médica imediata e categoriza os casos que podem aguardar o atendimento com segurança.
Na avaliação do diretor superintendente da Santa Casa, Gilberto Brina a implantação do Protocolo no hospital atende aos pré-requisitos da Rede de Urgência e Emergência, na qual a Santa Casa de São Carlos está incluída através do Ministério da Saúde. “Nesse momento serão 20 profissionais da saúde credenciados e em fevereiro outros 20 receberão o treinamento, colocando assim, a equipe da Santa Casa tecnicamente gabaritada”.
O Protocolo de Manchester recebeu este nome por ter sido aplicado pela primeira vez na cidade de Manchester, Inglaterra, em 1997. Hoje, vários países da Europa já utilizam o sistema de forma praticamente integral. No Brasil Minas gerias foi pioneira na implantação do sistema pela rede pública de saúde em 2010. O Protocolo de Manchester já está pressente em 17 estados brasileiros.
Crédito – Hever Costa Lima / Divulgação