O Sebrae-SP é o mais novo aliado da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo no combate à dengue. A entidade fará uma forte campanha de conscientização junto aos donos de micro e pequenos negócios, incentivando a adoção de boas práticas para erradicação de criadouros do Aedes aegypti, mosquito causador da doença que se reproduz depositando seus ovos na água limpa.
A estimativa do Sebrae-SP é atingir diretamente dois milhões de empreendedores, fazendo deles importantes aliados também no convencimento de seus funcionários e familiares. Serão mobilizados 33 escritórios regionais do Sebrae-SP na campanha e 35 unidades móveis munidas de material educativo de combate à doença. Um total de 1,1 mil funcionários, além de redes sociais e canais de comunicação.
“Dengue é uma doença que só pode ser combatida com o apoio da população. Por isso, o Sebrae-SP fará sua parte junto aos empreendedores. Além de matar, uma epidemia de dengue pode trazer prejuízos para os pequenos empresários. Lutar pelo bem estar da população é tão importante quanto cuidar da saúde de seu negócio”, explica Bruno Caetano, diretor-superintendente do Sebrae-SP.
A campanha articulada pelo Governo do Estado envolve grandes empresas e entidades de classe, ampla divulgação em todas as rodovias, rodoviárias, ônibus da EMTU, sistema de trens da CPTM, Metrô, travessias litorâneas e universidades. Serão distribuídos 15 milhões de materiais informativos, cinco milhões de newsletter e dois milhões de folders. Por meio de torpedo, a campanha enviará dez milhões de alertas por telefone celular.
O acumulo de água limpa é a principal fonte de procriação do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue e da febre chikungunya, doença semelhante à dengue. “Pode não parecer, mas qualquer local que acumule água limpa pode ser um potencial criadouro do mosquito. Em empresas, caixas d’água sem vedação, vasos de planta, estoques de peças e equipamentos. Empresas devem ficar atentas para a saúde de clientes e funcionários”, explica Bruno Caetano.
Levantamento da Secretaria de Estado da Saúde registra 80.283 casos confirmados de dengue contraídos no estado até o mês de março. Até o momento, 70 pessoas já morreram em decorrência da doença. Em 2014, houve 90 mortes e 196,8 mil casos de dengue em São Paulo.
Sobre a Dengue
Transmissão
Pela picada dos mosquitos Aedes aegypti. A doença pode demorar de 4 a 10 dias para manifestar os primeiros sintomas.
Quais os sintomas?
A infecção por dengue é caracterizada por uma forte febre (39° a 40°C) de início repentino, que, geralmente, dura de 2 a 7 dias. Ela quase sempre vem acompanhada de dor de cabeça, dores no corpo e articulações, prostração, fraqueza, dor atrás dos olhos, manchas e erupções na pele. Perda de peso, náuseas e vômitos são comuns. Ao apresentar febre e um desses sintomas a pessoa deve procurar imediatamente um médico.
Dengue pode matar
Entre o 3º e 7º dia a febre costuma diminuir ou desaparecer. Porém, nesse período a doença costuma apresentar também sintomas de sua gravidade, a chamada dengue hemorrágica. Fique atento a sangramentos (nariz, gengivas), dor abdominal intensa e contínua, vômitos persistentes, letargia, sonolência ou irritabilidade, hipotensão, pulso rápido e fraco, tontura e perda de consciência.
O que fazer se estiver com os sintomas de dengue?
Procurar o serviço de saúde mais próximo, fazer repouso e ingerir bastante líquido. Retornar ao serviço de saúde para ser reavaliado. E nunca tomar medicamentos por conta própria.
Prevenção ao mosquito?
Repelentes e inseticidas podem evitar a picada, mas não são a forma mais eficaz de acabar com a doença. A única maneira de erradicar o mosquito é evitar sua reprodução. Para fazer isso basta evitar que o Aedes aegypti deposite seus ovos em água limpa. Ou seja, a prevenção começa dentro de casa.
Retire o prato de plantas, mantenha a piscina limpa e tratada, cubra entulhos, tampe baldes e garrafas, não deixe acumular água dentro de pneu, cuidado com plantas que acumulem água, mantenha sua caixa d’água vedada. Converse com amigos e vizinhos sobre a importância de não acumular água limpa.
Fonte: Ministério da Saúde