O presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais e Autárquicos de São Carlos (Sindspam), Adail Alves de Toledo e um grupo de vereadores liderados pelo presidente da Câmara Municipal, Marquinho Amaral (PSDB), reuniu-se, na manhã desta segunda-feira (20) com os funcionários do Serviço Autônomo de Água e Esgoto (SAE).
O encontro serviu para passar aos servidores o resultado da reunião que aconteceu na quarta-feira passada, onde ficou acertado que não ocorrerá mudança no artigo 128 da Lei Orgânica do Município (LOM), que estabelece que os serviços de abastecimento de água de São Carlos serão prestados pelo município e não administrados por entidades privadas.
Além de Amaral participaram da reunião os vereadores, Lineu Navarro, Roselei Françoso, Ronaldo Lopes, Walcynir Bragatto, Laíde Simões, Cidinha do Oncológico, Aparecido Donizetti Penha e Paulo Taú.
Representado o presidente do SAAE, Sérgio Pepino, estiveram presentes o chefe de gabinete, Acenir de Jesus Magalhães e o superintendente administrativo da autarquia, Miguel Ângelo. Marquinho Amaral, assegurou aos servidores que a maioria dos vereadores é contra qualquer tipo de mudança no artigo 128 da LOM. “A revisão da Lei Orgânica e do Regimento Interno é um processo longo e demorado. Reafirmamos que a Câmara não tem interesse na privatização dos serviços. O SAAE é um patrimônio da cidade. Como vereador, também não posso conviver com a incerteza. E a Câmara estará aberta aos servidores para discutir esse tema que traz incômodo aos servidores”, afirmou o parlamentar. Durante o encontro Lineu Navarro propôs que os vereadores assinem documento reafirmando a intenção de não votar alterações na Lei Orgânica do Município (LOM).
Lineu foi o primeiro a denunciar a suposta intenção do município em conceder os serviços de água à iniciativa privada quando da votação do Plano Municipal de Saneamento, ele fará um documento para que os vereadores exponham a sua intenção de não votar pela concessão do serviço público. “Vou elaborar um documento para que os vereadores assegurem a intenção de não votar pelas mudanças que venham a privatizar ou conceder o serviço de abastecimento de água a uma empresa privada. A retirada do artigo 128 da Lei Orgânica pode ser sugerida por qualquer vereador e pelo prefeito, que também pode sugerir a criação de uma agência reguladora dos serviços de água e esgoto ou a criação de uma Parceria Público-Privada (PPP). Os vereadores precisam ser contra a privatização ou concessão hoje e depois, daí a necessidade de formalizar e tornar público um documento a respeito do assunto”, disse Lineu aos servidores.
Para Adail o encontro com a presença de diversos vereadores foi importante, pois fortalece e valoriza o trabalho que vem sendo realizado pelo sindicato. Adail também destacou que os servidores não estão só preocupados com a questão da privatização, “mas também com a falta de água e vazamentos por toda cidade, a demora nas ligações de água em residências e com a falta de material e de pessoal para eles trabalharem. No final da conta é a população que se volta contra o SAAE e o funcionário quem paga por isso, é importante a presença dos vereadores nesta hora, estamos agora só aguardando uma posição do prefeito Paulo Altomani, encaminhamos ofício na sexta-feira passada, pedindo uma reunião se ele irá nos atender não sei, mas que ele venha então a público então e emita uma opinião sobre o SAAE”, finalizou Adail.