O presidente da Câmara Municipal, Lineu Navarro (PT) anunciou na sessão desta terça-feira (13) o anúncio de que pretende apresentar um projeto de lei propondo a oficialização do Torneio Universitário de São Carlos (TUSCA) no calendário de eventos do município.
Lineu destacou o crescimento desse evento, que chegou à 30ª. Edição em 2009, tendo se iniciado com uma disputa entre USP e UFSCar. Outras unidades de ensino superior se juntaram nas edições que se sucederam e neste ano também participaram alunos da Unicamp e Unifei (Itajubá).
“Quero deixar claro o meu posicionamento: sou totalmente favorável a que São Carlos continue a realizar o Tusca”, disse o vereador, que considerou “indevido” afirmar que todos os participantes do “corso” tenham se excedido durante a festa. Citou como exemplo o fato de que em eventos de massa como partidas de futebol nos estádios, excessos ocorrem isoladamente, mas não são praticados pela maioria.
Segundo observou a edição do Tusca 2009 contou com cinco equipes de saúde. A seu ver proibir uma manifestação como essa seria o mesmo que tentar proibir a Festa do Clima ou o Carnaval. “O Tusca tem tradição de três décadas, é uma atividade cultural e esportiva das mais importantes do interior do Estado e 99% dos seus participantes se comportaram dentro das práticas de civilização. É um evento que vem crescendo e a cada ano a Prefeitura vem exigindo mais, equipes de segurança e saúde. Nenhum prefeito concordará em acabar com um evento desse porte, que atrai visitantes e gera recursos para a cidade.
ANTICORSO - Por sua vez, o vereador Equimarcílias Freire (DEM) pediu apoio dos vereadores para aprovação de um projeto de lei que apresentou no último dia 8, propondo a proibição da realização do corso e festas do Tusca “ou qualquer festa da mesma natureza” no perímetro urbano de São Carlos.
O projeto propõe também proibir o uso de bebidas com teor alcoólico em passeatas “ou qualquer tipo de evento que se assemelhe ao Corso, Tusca e trotes no perímetro urbano de São Carlos”. O projeto foi lido na sessão da Câmara nesta terça-feira (13).“Temos que tomar posição no sentido de preservar o direito das famílias”, disse Freire, que parabenizou o prefeito Oswaldo Barba (PT) que, quando reitor da UFSCar, “baniu a bagunça da universidade que feria frontalmente a instituição e a família”.
Além do apoio dos vereadores, Freire conclamou o chefe do Executivo a apoiar a medida e sancionar a lei, caso o projeto seja aprovado.
O vereador disse que não tem nada contra a realização de eventos pacíficos e ordeiros, mas considera que o “corso” nos últimos anos vem perdendo o sentido que era de promover o congraçamento entre os universitários. “Não sou contra o corso, mas que se façam fora da cidade”, declarou. A seu ver “nem todos os estudantes cometem abusos, mas pelo menos 30%”.