A contribuição de teorias, instrumentos e ferramentas aplicadas aos negócios nasce e renasce dentro e fora dos ambientes empresariais e acadêmicos. O “Design Thinking” (tratado por DT na continuidade deste texto), por exemplo, tem sua origem associada ao curso de arquitetura de Havard/EUA, em meados dos anos de 1980 e desde então tem sido utilizado para solucionar problemas empresariais.
Esse instrumento foi estudado e assimilado, por sua vez, pelas áreas de Administração e Teoria Organizacional se tornando um objeto de estudo acadêmico também. A compreensão do ponto de partida do DT ajuda a entender sobre a própria concepção dessa ferramenta.
Desenhar um projeto de engenharia ou de arquitetura para atender uma necessidade requer a visão de etapas e processos. As fases intermediárias, componentes, situações e possibilidades constituem uma investigação complexa.
Quando essa ferramenta é aplicada a um problema dentro de uma empresa, a complexidade não é menor e por isso o DT ganhou relevância. É importante enfatizar que o entendimento do funcionamento dessa ferramenta gera também possibilidades de interação com outras sistemáticas de elaboração e análise de projetos.
Contudo, há uma diferença crucial entre métodos clássicos de elaboração de projetos e o DT. Ao incorporar pessoas de áreas diversas de uma empresa para analisar um problema e encontrar uma solução, a lógica da ferramenta dissolve qualquer papel hierárquico nessa forma de trabalho.
Logo, em primeiro lugar, é importante entender que a liderança o processo consiste em orientar, coordenar e favorecer a interação entre os participantes. Quem lidera, muitas vezes fica mais a observar do que gerenciar ou propor caminhos para uma solução.
Em segundo lugar, o processo só é exitoso se houver como ponto de partida uma definição das “regras do jogo” e a condução caracterizada pela empatia. A compreensão de limites pessoais, aceitação das formas de pensar e a capacidade de reconhecer habilidades e competências de pessoas que podem não atuar em uma certa unidade de negócios são os elementos que asseguram o êxito do processo.
A ferramenta é usada para resolver questões práticas e devido a sua origem (arquitetura/engenharia) o pragmatismo é fundamental. O processo então deve propiciar um exercício, um experimento uma abordagem piloto para devolver aos participantes um feedback.
O resultado que se contrapõem ao processo de construção de uma solução não se origina em opiniões ou prognósticos pessoais, mas de um experimento ou teste. É assim que prós e contras são organizados, ou seja, a partir das experiências proporcionadas por um exercício prático.
Por Núcleo de Economia da ACISC