Volkswagen-EUA admite que manipulação era para ocultar emissões de óxido de nitrogênio
Michael foi chamado ao Congresso dos EUA devido ao escândalo de manipulação dos motores
Sindicato dos Metalúrgicos de São Carlos e Região 9 de Outubro de 2015
O presidente do grupo Volkswagen nos Estados Unidos (EUA), Michael Horn, admitiu hoje (9) que o objetivo do software ilegal instalado nos sistemas de controle de emissão de gases dos motores diesel – desde 2008 –, era ocultar da Agência de Proteção Ambiental do país que os automóveis descumpriam as normas norte-americanas de emissão de óxido de nitrogênio – um dos mais agressivos gases do efeito estufa, que promovem o aquecimento climático global.
Michael foi chamado ao Congresso dos EUA devido ao escândalo de manipulação dos motores. Ele falou durante duas horas a integrantes do Comitê da Câmara dos Representantes para a Energia e o Comércio (EPA).
À pergunta do presidente do comitê, Tim Murphy, um republicano eleito pelo estado da Pensilvânia, se a Volkswagen tinha instalado o programa "com o objetivo expresso" de ocultar as emissões poluentes, Horn respondeu: "sim, foi instalado com esse objetivo."
Deixando muitas perguntas-chave sem resposta, o presidente da empresa afirmou que desconhecia previamente tanto a manipulação dos motores a diesel quanto os detalhes do programa que oculta as emissões reais dos veículos.
O executivo alemão, de 51 anos, alegou que não teve conhecimento do fato até 1º de setembro deste ano, dois dias antes de o grupo ter admitido à EPA que os veículos estavam manipulados e 17 dias antes de o escândalo se tornar público.
Até agora, Horn garantiu que só sabia que os veículos não cumpriam as normas de emissão graças a um estudo feito no início de 2014 por investigadores independentes, mas que a empresa na Alemanha tinha informado que o problema podia ser resolvido com a instalação de um novo programa de informática.