A associada Paola Cury Fragalle com apenas 14 anos, já vive uma rotina de responsabilidade adulta desde que deixou a casa dos pais para fazer história no vôlei. Em uma seletiva composta por 150 garotas, ela foi classificada para a equipe do Dentil Praia Clube, em Uberlândia – Minas Gerais.
Feliz com a nova fase, Paola se diz animada, mas aponta que nem tudo são flores para quem opta por se dedicar ao esporte: “O primeiro semestre foi uma fase de adaptação, em tudo. Tive que me adaptar a convivência com minhas companheiras de alojamento, deixei o conforto do lar, os amigos, minha vida social e me vi perdida com todos os afazeres de quem mora sozinho, longe de casa. No início não sabia o que fazer primeiro (risos). Precisei de muitas dicas dos meus pais, e da experiência deles como atletas. Foi um semestre desafiador, mas estou feliz pois me superei para fazer o que amo".
Apresentando excelentes resultados nos treinos deste primeiro semestre do ano, Paola já participou de dois grandes campeonatos: As duas temporadas dos Jogos Escolares de Minas Gerais (JEMG), e a primeira etapa do Metropolitano de Vôlei de Belo Horizonte. Em agosto, Paola terá contato com a equipe da Seleção Feminina de Voleibol, experiência que agregará muito no seu currículo de iniciante no vôlei profissional. “Agora, estou focada em jogar bem na próxima etapa do Metropolitano, neste segundo semestre do ano, e no Estadual do Sul de Minas”, enfatiza.
Mãe coruja, Cláudia Cury acompanhou de perto os primeiros momentos de adaptação da filha longe de casa. Ela conta que quando a distância aperta, recorre à internet. “Fiquei um tempo no alojamento para apresentar o mundo à Paola, até ela começar a aprender sozinha que nem tudo é tão "cor-de-rosa" como se pensa nessa idade. É gratificante ver onde Paola chegou, mas é inegável que esse novo ambiente de vida é altamente competitivo – dentro e fora das quadras, pois é o momento que todas querem se destacar, o que pode assustar um pouco. Com experiência no esporte, sei que para o atleta dar resultados em quadra ele precisa estar bem emocionalmente. Foi esse apoio presencial que dei à Paola, mas quando não estou por perto, resolvemos tudo pela internet: Já fizemos até receitas!”, brinca.
Esbanjando talento, vontade e disciplina com treinos, estudos, alimentação e rotina de “dona de casa”, Paola atribui sua conquista a todos os profissionais que a instruíram e contribuíram para essa nova fase de sua carreira no vôlei. “Treinei dos 8 aos 11 anos no São Carlos Clube. Agradeço às professora Fernanda Oliveira, Michele Mendonça, o Udo, e a todos os profissionais do SESI São Carlos pela dedicação e aprendizagem. Se decidi dar um passo a mais no vôlei é pela confiança do trabalho realizado por eles”, agradece.