Os trabalhadores na Volkswagen aprovaram nesta segunda-feira (28), a adesão ao PPE (Programa de Proteção ao Emprego). A proposta de construção do acordo foi encaminhada pelos próprios metalúrgicos, como solução para a redução das demandas de produção na fábrica de motores, em São Carlos.
Antes de proporem o PPE, outras medidas de flexibilidade, como férias coletivas, aumento de férias normais, banco de horas e o lay off foram utilizadas para suprir os efeitos da baixa produção.
O Programa de Proteção ao Emprego é mais um mecanismo para a manutenção dos empregos da classe trabalhadora, reivindicação que havia sido apresentada ao Governo Federal pelos metalúrgicos da CUT há quatro anos, com o objetivo de assegurar os postos de trabalho e a renda dos assalariados em períodos de crise. Na região de São Carlos o acordo é inédito, porém no ABC já contempla aproximadamente 25 mil trabalhadores.
Para o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Carlos e região, Erick Silva, a adesão ao PPE é referência na garantia de empregos. “A adesão a este acordo é muito importante para a companheirada. No momento de crise quem paga o preço é sempre o trabalhador, agora que temos disponível a Medida Provisória do PPE, que garante o emprego, é um alívio, pois o que temos de mais importante é trabalho e renda, e o nosso Sindicato vai sempre lutar pelo trabalhador”, ressaltou Erick Silva.
A duração do PPE será de seis meses a partir de 1º de outubro, prorrogáveis por mais seis meses. A redução na jornada de trabalho e salário será de 20%, sendo que o rendimento do trabalhador cai pela metade, 10%, ou seja, metade dessa redução será complementada pelo Fundo de Amparo ao Trabalhador, o FAT.
Dentre os principais pontos do acordo negociado estão a estabilidade do emprego enquanto vigorar o acordo, recebimento normal de férias e 13º salário, aumento salarial conforme acordo firmado com a empresa em 2012 (12,63% - INPC + aumento real).