Entre os meses de janeiro e março de 2014, período de verão, 70% dos pacientes atendidos pela Rede de Reabilitação Lucy Montoro foram vítimas de acidentes causados por quedas em piscina, cachoeira e água rasa. Os dados mostram que mais de 90% dos casos resultam em lesão medular com o comprometimento do movimento dos membros superiores e inferiores, a tetraplegia.
De acordo com o médico fisiatra da Rede Lucy Montoro, André Sugawara, a falta de cautela e o consumo de álcool estão entre as principais causas. “A maior incidência dos acidentes acontece com pacientes entre 25 e 35 anos”, alerta.
Por isso, na hora de dar aquele mergulho no verão, é preciso se atentar a algumas condições mínimas de segurança. Primeiramente, é necessário que haja profundidade na água para que o corpo ganhe espaço para concluir o movimento de dar braçadas (ou pernadas) e subir mais adiante.
Outra condição essencial é que não haja obstáculos sob a água, como pedras e bancos de areia, que se deslocam de forma imprevisível, ou seja, se em um dia não há nada embaixo da água, no dia seguinte pode haver.
Se não houver profundidade suficiente para o mergulho, a pessoa pode bater a cabeça contra algum obstáculo e sofrer lesão no pescoço ou na coluna vertebral, resultando em tetraplegia. Quanto mais alta e grave a lesão nas costas, mais movimentos perdem-se nos membros superiores e inferiores de forma permanente.
Veja as dicas da Rede Lucy Montoro para evitar acidentes em mergulhos:
- Os banhistas devem tomar cuidado ao mergulhar em águas desconhecidas, pois podem guardar surpresas desagradáveis.
- Ao mergulhar em cachoeiras, observar se está mergulhando em água com mais que o dobro de sua altura.
- Evite entrar na água ou mergulhar se estiver embriagado.
- Evite participar ou permitir brincadeiras quando estiver nadando ou mergulhando.
- Ao mergulhar, sempre que possível, estenda os braços ao lado da cabeça para protegê-la.
- Evite saltar de lugares muito altos ou fazer "saltos ornamentais".
Do Portal do Governo do Estado