Após publicação no Diário Oficial do Município, edição 1142, desta terça-feira (23), do Decreto Nº 8, a Prefeitura de São Carlos assumiu o controle da empresa Transportadora Turística Suzano Ltda (Suzantur), empresa que realizava a prestação dos serviços de transporte coletivo urbano no município de São Carlos desde agosto de 2016, sendo contratada de forma emergencial após uma liminar na justiça impedir a renovação do contrato da empresa Athenas Paulista com o município.
Por volta das 9h da manhã o chefe de gabinete da Procuradoria Geral do Município, Ademir Souza e Silva e o interventor nomeado pelo município, Richard Wagner Jorge, se deslocaram até a empresa Suzantur quando foram recebidos pelo advogado Arlindo Basílio.
Em reunião no interior da empresa com os advogados e funcionários foram repassadas várias informações ao interventor como o número de ônibus e de micro-ônibus, quantidade de óleo diesel disponível e o valor arrecadado na catraca até aquele horário, já que os motoristas, por volta das 11h, retornaram para a garagem da empresa paralisando a prestação do serviço.
De acordo com Ademir Souza e Silva no pátio da Suzantur foram contabilizados 83 ônibus, sendo 24 micro-ônibus. No caixa da empresa constava R$ 13.964,50. Em estoque somente 4.900 litros de óleo diesel. Veículos de fiscalização, bem como, caminhão guincho, não foram encontrados.
“No decorrer da transação fomos surpreendidos com a paralisação dos funcionários da Suzantur, iniciada por movimento sindicalizado. Os motoristas voltaram para a garagem, esvaziaram os pneus de muitos ônibus e disseram que só voltam ao trabalho após a liquidação da rescisão do contrato de trabalho”, relatou o chefe de gabinete da Procuradoria Geral do Município.
Amador Bandeira, advogado do Sindicato dos Trabalhadores, explicou quer a paralisação ocorreu porque os funcionários querem que a Prefeitura assuma também os contratos de trabalho tendo em vista que estão cumprindo aviso prévio. “Vamos notificar o município para que possa resolver essa situação em até 72 horas. Por enquanto não é greve é um protesto dos trabalhadores”, disse Bandeira.
Já no inicio da noite ficou acordado que nesta quarta-feira (24), a partir das 8h, será realizada uma assembleia em frente à sede da empresa para votação das propostas. Quem aceitar a proposta da Prefeitura, que é de pagar quem vai continuar na empresa, honrar com salários e encargos trabalhistas, e a rescisão somente para quem quer se desligar, porém dentro do que estabelece a lei trabalhista, deve retornar ao trabalho imediatamente.