Destinada a qualquer aluno do ensino fundamental, médio e técnico de escolas públicas ou privadas de todo o país, a Olimpíada Brasileira de Robótica 2014 terá São Carlos como sede de sua etapa regional. A modalidade prática da competição ocorrerá dia 14 de junho, no salão de eventos da Escola de Engenharia de São Carlos (EESC), no campus da USP, no centro da cidade. Já as provas da modalidade teórica acontecerão em agosto.
Para esclarecer as dúvidas dos professores e alunos interessados, será realizada uma palestra no próximo sábado, 26 de abril, no Centro de Divulgação Cultural e Científica (CDCC), a partir das 9 horas, com a professora Roseli Romero, do Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da USP, e com o professor Rafael Aroca, do Departamento de Engenharia Mecânica da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar).
O primeiro passo para participar da Olimpíada Brasileira de Robótica (OBR) é fazer o cadastro no Sistema Olimpo (www.sistemaolimpo.org). Esse cadastro pode ser realizado pelos próprios alunos ou pelo professor responsável, que deve ter vínculo com pelo menos uma instituição de ensino. No entanto, a inscrição nas modalidades (teórica e/ou prática) é tarefa exclusiva do professor responsável, que pode criar quantas inscrições forem necessárias e, depois, gerenciar essas inscrições nas modalidades. Segundo o site da OBR, inicialmente, o prazo para as inscrições na modalidade prática termina dia 25 de abril, mas a professora Roseli Romero adiantou que haverá um prazo adicional e os interessados ainda poderão efetuar as inscrições até o início do mês de maio.
Para leigos e para quem já conhece – A OBR é uma das olimpíadas científicas brasileiras apoiadas pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) que se utiliza da temática da robótica para estimular os jovens às carreiras científico-tecnológicas, identificar jovens talentosos e promover debates e atualizações no processo de ensino-aprendizagem brasileiro. A OBR, por meio das duas modalidades (prática e teórica), procura atender tanto ao público que nunca viu robótica quanto aos estudantes que já têm contato com a temática em sala de aula.
Por se tratar de uma tecnologia emergente que desperta muito interesse nos jovens e devido à sua possibilidade de atuação em diversas dimensões, a robótica tem se tornado elemento praticamente obrigatório nas escolas, sendo utilizada como ferramenta para o ensino de conteúdos transversais, tais como ciências, física, matemática, geografia, história e até mesmo português. Além disso, a robótica propiciou o surgimento de um novo leque de atividades práticas no ambiente escolar: kits robóticos têm sido frequentemente utilizados em escolas de primeiro grau a universidades, com excelentes resultados em todos os níveis do aprendizado baseado na experimentação e do trabalho em grupo, motivando os alunos.
De acordo com informações disponibilizadas no site da OBR (www.obr.org.br), a robótica tende a se tornar uma das dez maiores áreas de pesquisa na próxima década. “Apesar de ser uma área em franca expansão no mundo, o Brasil tem se situado de forma marginal nessa área, arriscando-se a perder um imenso potencial para a geração de empregos, técnicas, tecnologias e produtos devido, principalmente, à falta de incentivo para a formação de recursos humanos na área”, lê-se no site. Daí a relevância de promover uma competição para estimular uma maior utilização de tecnologias robóticas no Brasil, uma área estratégica para o desenvolvimento do país.