Servidores Públicos Municipais do Teatro Municipal Alderico Vieira Perdigão, estiveram reunidos nesta sexta-feira (20) com a diretoria do Sindicato dos Servidores Públicos e Autárquicos Municipais de São Carlos (SINDSPAM), para buscarem uma solução para a falta de pagamento de horas extras que lhe são devidas desde outubro de 2014. O quadro de servidores do teatro é formado por seis técnicos, um administrativo, dois chefes e dois vigilantes, fora alguns terceirizados.
Além da falta do pagamento das horas extras, eles reclamaram da falta de manutenção dos equipamentos e até desvio de função. Os servidores disseram que antes da publicação do Decreto 221/2014 que limitou as horas extras de todos os servidores para contenção de despesas na Administração, os pagamentos estavam sendo feitos normalmente, mas depois nunca mais receberam.
A carga horária desses servidores é de 40 horas semanais, porém muitos ultrapassaram esse limite, principalmente com a programação de final de ano. "Chegamos a trabalhar 10 a 12 horas em alguns dias, essas horas extras foram feitas na maioria aos domingos, eles (Prefeitura) disseram que iriam pagar, agora não querem mais", reclamou os servidores.
O presidente do sindicato Adail Alves de Toledo e o diretor Gilberto Rodrigues Antunes, acompanharam atentamente a reclamação dos servidores. "Em setembro saiu esse decreto informando que não iriam pagar horas extras, a chefia desse pessoal veio aqui e disse a eles que iriam pagar e que todos poderiam trabalhar sem se preocupar. A programação do teatro se encerrou no dia 21 de dezembro, no dia 22 a chefia veio com um comunicado informando que as horas extras realizadas não seriam mais pagas", explicou Adail. Ele ainda disse que a primeira providência é enviar um ofício a Secretaria de Administração e Gestão Pessoal exigindo o pagamento das horas devidas, já que existe relatório comprovando que as mesmas foram feitas.
Manutenção – Outra reclamação foi em relação à falta de manutenção dos equipamentos do teatro. "Eles informaram que iriam parar o teatro em janeiro e fevereiro para dar descanso aos servidores e fazer manutenção em diversos equipamentos, mas não fizeram nem uma coisa e nem outra. Estamos aqui parados cumprindo nossa jornada de segunda a sexta, além disso, não veio ninguém arrumar os equipamentos", informaram os servidores. Adail e Gilberto percorreram as dependências do teatro e observou que alguns equipamentos correm risco até de pegar fogo em caso de falta de manutenção, em algumas salas faltam até lâmpadas.
Programação poderá ser prejudicada – Os servidores do teatro tentaram de todas as formas buscarem um acordo amigável com a Coordenadoria de Artes e Cultura, para que esses pagamentos fossem realizados, como não tiveram sucesso até agora, eles estão dispostos a não fazer mais horas extras enquanto as que são devidas não forem pagas. "Isso acarreta em prejuízo para os eventos já programados a partir do mês que vem aqui no teatro. São esses poucos servidores quem montam e operam todos os equipamentos do teatro durante as apresentações, com eles a Prefeitura já não dá conta já que precisa das horas extras e sem eles como ela irá fazer?", finalizou Adail.