A realização da 31ª edição da Tusca, Taça Universitária de São Carlos, nos últimos dias, e ainda a morte do estudante da USP de São Paulo, Ricardo Mitsuo Iwahashi, após o corso, ainda geram polêmica na cidade.
No sentido de esclarecer melhor à população todos esses acontecimentos, e também uma possível realização da trigésima segunda edição no ano que vem, o Jornal da InterSom procurou falar com todas as partes envolvidas.
A Tusca, considerada como o maior evento esportivo entre universitários da cidade e um dos maiores do estado, organizada pelas atléticas da USP e da UFSCar, com apoio da prefeitura, neste ano, passou a fazer parte do calendário oficial de eventos de São Carlos.
Durante os dias de festa, o Jornal da InterSom procurou trazer a opinião de pessoas sobre o evento, principalmente sobre o Corso, festa de abertura da Tusca que causou alguns transtornos à população, devido ao excesso de bebidas alcoólicas e até drogas por parte dos participantes.
A reportagem falou com o presidente da atlética do Caaso da USP, Leonardo Morgato, que não quis gravar entrevista, mas garantiu a Tusca para o ano que vem, disse ainda, que reuniões serão feitas a partir de agora para discutir a próxima edição e melhorias ou até mudanças no Corso não são descartadas.
Diferente deste, o presidente da atlética da UFSCar, Luciano Rezende, gravou entrevista sobre o assunto, e disse que tudo será feito para que haja a próxima edição da Tusca, disse ainda, que não descarta a possibilidade do Corso ser realizado em um local fechado no ano que vem.
- Com certeza alguma medida será tomada. Vão ser feitas reuniões com as atléticas e prefeitura pra ver o que vamos fazer para os próximos anos. Tudo o que precisar mudar, será mudado. Se precisar acabar com esse modelo de Corso e fazer um outro tipo fechado em outro lugar, nós vamos fazer.
O Jornal da InterSom procurou o reitor da UFSCar, Targino de Araujo Filho, mas o professor não foi encontrado para falar sobre o evento.
Já a usp, revelou que haverá uma reunião na sexta-feira (19) de manhã, entre o conselho gestor do campus, e o coordenador do campus, Dagoberto Mori, para discutir e repensar a realização da Tusca dentro da USP, que serve como concentração para os estudantes no dia da festa.
Segundo a assessoria da universidade, Dagoberto Mori, só se pronunciará após está reunião.
Na terça-feira (16) durante o InterSom Debates, o comandante do 38º Batalhão da Polícia Militar, capitão Paulo Belonci, e o vereador, Equimarcilhas Freire, participaram ao vivo no programa e falaram sobre o assunto.
Para Belonci, ainda não dá para saber se a proibição total do evento seria a melhor solução para cidade, mas admitiu que a Tusca precisaria ser mais bem discutida.
- Não sei se a proibição de todos os eventos será a solução, precisaria de uma discussão mais ampla. Cada vez mais nós estamos aprimorando para evitar qualquer prejuízo para a cidade e para o participante da Tusca.
Já o vereador Freire, único a votar contra o projeto de lei que tornou a Tusca como evento oficial do município, criticou o Corso, ele defende a festa fora da cidade, revelou ainda, que colocou uma equipe para registrar os acontecimentos durante a passagem do Corso, e irá a justiça se for preciso.
- Eu não quero que esse evento continue acontecendo dentro da cidade. Eu alertei no ano passado e isso poderia ter sido evitado. A cidade precisa de um local como Barretos, que tem a festa do peão. Vou a justiça se preciso for e já tenho o material. Hoje eu posso falar sobre isso, eu não falei antes, mas eu tinha uma equipe dentro do Corso do Tusca registrando os acontecimentos.
A prefeitura de São Carlos informou que haverá uma reunião na quarta-feira (17) com os bombeiros, Polícia Militar e os organizadores da Tusca para avaliar o evento, e somente após irá se manifestar.