O Governo do estado de São Paulo, por meio do Icesp (Instituto do Câncer do Estado de São Paulo), conta com um projeto de pesquisa para testar a fosfoetanolamina sintética para o tratamento do câncer.
O protocolo de pesquisa clínica irá avaliar a segurança e a possível eficácia da substância fosfoetanolamina sintética no tratamento de pacientes com câncer em estágios avançados. O investimento total deverá ser de aproximadamente R$ 2 milhões.
Todos os pacientes serão monitorados continuamente por uma equipe multiprofissional com larga experiência em testes clínicos, no Icesp. A produção da substância ficará sob responsabilidade da Fundação para o Remédio Popular (Furp).
O estudo prevê uma primeira fase, em que serão avaliados 10 pacientes para determinar a segurança da dose que vem sendo utilizada na comunidade. Após essa primeira etapa, caso a droga não apresente efeitos colaterais graves, a pesquisa prosseguirá.
No estágio 1, está previsto a inclusão de mais 21 pacientes para cada um dos 10 grupos (tipos) de tumor: cabeça e pescoço, pulmão, mama, cólon e reto (intestino), colo uterino, próstata, melanoma, pâncreas, estômago e fígado. Os candidatos passarão por triagem e deverão preencher os critérios de elegibilidade para determinar a segurança da droga. Se observados sinais de atividade da substância nessa fase, o estágio 2 se iniciará com mais 20 participantes em cada grupo.
Progressivamente, desde que se comprove atividade relevante, a inclusão de novos pacientes continuará até atingir o máximo total de 1000 pessoas (100 para cada tipo de câncer). A estratégia adotada permitirá melhor compreensão da droga.
A Secretaria de Estado da Saúde e o Icesp vão apresentar, no início deste ano, como será feita a seleção dos pacientes que farão parte da pesquisa.