O Sindicato dos Servidores Públicos Municipais e Autárquicos de São Carlos (Sindspam), flagrou na última sexta-feira (06), guardas municipais carregando bloquetes de cimento na usina de reciclagem de resíduos da Prohab. O diretor do sindicato, Gilberto Rodrigues Antunes quando chegou ao local, encontrou três guardas que se encontram em estágio probatório. Os bloquetes estavam sendo levados para a sede da corporação onde estarão sendo colocados em uma área de estacionamento. Após a situação ser flagrada, Gilberto acompanhado do advogado do sindicato Luis Donizete Luppi se reuniu com o comandante da GM, Jorge Negretto que explicou que os guardas flagrados pelo sindicato, estavam de folga e realizavam o trabalho por voluntarismo. “Eles estão doando o tempo de folga deles para o beneficio de todos os guardas que estacionam os carros na área”, explicou.
Negretto disse ainda que a questão de desvio de função é discutível, “Iremos formalizar o voluntariado, mas não existe o desvio, ninguém foi forçado a nada. A cidade continua tendo seus patrimônios protegidos”.
Negretto afirmou que o trabalho de pavimentarem a área do estacionamento com bloquetes, será feito por uma equipe da Secretaria de Serviços Públicos, e não pelos Guardas Municipais.
O presidente do Sindspam, Adail Alves de Toledo, informou que o comandante da GM antes da denúncia e da fiscalização, já havia ido ao sindicato para informar que estava utilizando alguns guardas para o serviço voluntário, fora do horário de serviço e perguntando se esse ato geraria algum problema.
Para Luppi a reunião com o comandante da GM, foi positiva e atendeu as reclamações do sindicato em defesa do associado e do patrimônio. “Ao receber a denúncia viemos averiguar se os guardas que realizam o trabalho faziam por voluntarismo ou se sentiram pressionados por medo de má avaliação”, disse Luppi.
Gilberto disse que o sindicato está atento as várias denúncias de desvios de função que estão sendo passados pelos servidores, “não podemos permitir que isso ocorra, estamos indo verificar todas as denúncias que estão chegando, além das questões de desvios de função, temos ainda várias reclamações de assédio moral, nosso departamento jurídico está à disposição dos servidores que se sentirem perseguidos dentro de seus postos de trabalho”.
Gilberto também informou que o sindicato já está estudando o agendamento de uma data para que o problema seja discutido em conjunto com a Administração em uma mesa redonda na Justiça do Trabalho. “Vamos propor essa mesa redonda para buscarmos uma solução definitiva para essas questões, isso não pode continuar, o servidor público tem de ser respeitado e é isso que iremos garantir a toda a categoria”, finalizou.