Volkswagen diz que não há provas de que direção do grupo sabia de fraudes
Empresa se envolveu no caso sobre um software que adulterava dados de emissão de gases poluentes, instalado em seus carros a diesel
Sindicato dos Metalúrgicos de São Carlos e Região 13 de Dezembro de 2015
O presidente do Conselho de Supervisão do grupo Volkswagen disse nesta quinta-feira (10) que não há provas, até agora, que possam sugerir que os altos níveis de gestão da montadora, incluindo a administração, estejam envolvidos no escândalo de emissões de poluentes.
Hans Dieter Pötsch disse, em coletiva de imprensa na sede da empresa em Wolfsburgo, que não existe "nenhuma prova de que os membros do Conselho de Supervisão ou os membros do Conselho de Administração estejam implicados".
O ex-presidente-executivo da Volkswagen Martin Winterkorn pediu demissão do cargo em setembro, após o escândalo sobre um software que adulterava dados de emissão de gases poluentes, instalado em seus carros a diesel. Em 23 de setembro, o ex-presidente disse estar "chocado com os acontecimentos dos últimos dias".
"Acima de tudo, estou chocado que a má conduta em tal escala foi possível no grupo Volkswagen", afirmou, acrescentando que "a Volkswagen precisa de um novo começo. Estou deixando o caminho limpo para este novo começo com a minha demissão".
No dia seguinte, o grupo alemão anunciava que o presidente da marca de carros desportivos de luxo Porsche, Matthias Mueller, foi escolhido para substituir Winterkorn como presidente executivo do grupo Volkswagen.
A montadora alemã reconheceu ter falsificado dados de emissão de poluentes em 11 milhões de veículos em todo o mundo.