Imprensa Lobbe Neto 12 de Novembro de 2015
Participando de audiência pública na Comissão de Seguridade Social e Família (CSSF) da Câmara, o deputado federal Lobbe Neto (PSDB-SP) voltou a cobrar do governo federal a liberação ou maior agilidade no processo de registro e pesquisa clínica da substância fosfoetanolamina sintética, que tem sido utilizada no tratamento de câncer, mas não tem a liberação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Em sua fala, Lobbe pediu apoio e um aparato melhor aos cientistas e pesquisadores do país, por parte do governo. "Conheço a luta e o trabalho do pesquisador Gilberto Chierice, mas ele precisa ter apoio de um hospital ou um laboratório público, porque a USP não é fabricante de medicamento. Falta apoio governamental para que se revolva essa situação", disse.
O parlamentar lembrou que, atualmente, o país conta com algumas drogas que são vendidas e entregues diariamente e normalmente. "O cigarro e a bebida alcoólica são os mais comuns e a Anvisa fala que são prejudiciais à saúde, mas continua sendo vendida porque atrai muitos impostos", enfatizou.
Lobbe cobrou que o governo possa pensar em duas linhas: iniciar as fases clínicas e não interromper o fornecimento para os pacientes que já utilizam da substância e se apegam no último fio de suas vidas, que é a fosfoetanolamina.
Ele ressaltou que o tempo está passando e muitas vidas poderiam estar sendo salvas. "De audiência em audiência muita gente está morrendo e poderiam ser salvas", alertou.
O parlamentar sugeriu que seja editada uma Medida Provisória (MP) - como foi feito no caso dos Lotéricos - para que o assunto seja resolvido imediatamente. "Agora é questão de vida e saúde. Precisamos de uma MP, ou Decreto Legislativo ou do Judiciário. Temos que ter uma decisão rápida para, pelo menos, não interromper o tratamento daqueles que estão se apegando na ultima esperança de suas vidas", finalizou.
Na audiência, o chefe do Laboratório de Imunologia do Instituto Butantan, Durvanei Augusto Maria, e o pesquisador Gilberto Orivaldo Chierice, que desenvolveu o produto, defenderam que a fosfoetanolamina não é tóxica e é eficaz contra o câncer. |