Os servidores públicos e autárquicos municipais de São Carlos, liderados pelo sindicato da categoria, iniciaram nesta terça-feira (22) greve geral por tempo indeterminado.
Neste primeiro dia aderiram ao movimento os servidores públicos do Serviço Autônomo de Água e Esgoto (SAAE), da Secretaria de Ciência e Tecnologia e agentes de trânsito. Existe a expectativa que outras secretarias aderiam ao movimento ainda hoje.
Logo nas primeiras horas da manhã o Sindspam com apoio da subsede regional da CUT, sediada em São Carlos, foram para frente do SAAE da avenida Getúlio Vargas para conscientizar os trabalhadores para aderirem ao movimento.
Os servidores estão em campanha salarial e estão pedindo 10% de aumento nos salários (5,68% de IPCA e 4,32% de aumento real), a Prefeitura Municipal ofereceu apenas o IPCA, 0,16% de aumento real e elevação do ticket refeição de R$120,00 para R$170,00. A greve foi decidida em assembleia realizada na quarta-feira passada, a Prefeitura, o SAAE e a Gerencia Regional do Trabalho de São Carlos, foram comunicadas da decisão da assembleia na quinta-feira. Uma mesa redonda no Ministério do Trabalho foi marcada para ocorrer nesta quarta-feira (23). Serão convocados representantes do sindicato e da Prefeitura Municipal para tentar obter um acordo.
A greve – O presidente do sindicato Adail Alves de Toledo, disse que nesta semana a greve será desenvolvida por etapas, "estaremos parando uma repartição um dia, outra repartição no outro dia e assim sucessivamente, estamos planejando para o dia 29 uma paralisação geral de toda a categoria. Lamentamos que isso tenha ocorrido, pois percebemos que houve intenção de todas as partes, até do pessoal da secretária de Governo em evitar essa greve, mas infelizmente não é assim que pensa o senhor prefeito, ele, apenas ele é responsável por essa paralisação", disse Adail.
O comando de greve formada por servidores, estarão ao longo desta semana realizando reuniões para traçar as estratégias do movimento.
Pressões – Durante as primeiras horas da greve geral dos servidores públicos, alguns deles receberam ligações telefônicas de chefes e diretores de órgãos públicos que em tom de ameaça, exigiam a presença deles nas repartições. Esse fato foi comunicado ao sindicato que orientou os servidores a fornecer os nomes dessas pessoas, para que providências sejam tomadas. "O servidor tem o direito de fazer greve, não vai ser alguns chefes que irão tirar esses direitos, a Prefeitura já responde a um inquérito na Procuradoria do Trabalho por causa desse tipo de atitude", disse Adail.